terça-feira, 21 de maio de 2013

Debates 2

Já aqui escrevi sobre a adopção de crianças por casais homossexuais, mas temos de voltar ao tema, agora novamente quente, porque voltam os argumentos medíocres à ribalta! Dizem uns que qualquer criança deve crescer num ambiente onde exista a figura de uma mãe e de um pai, mas depois uma pessoa solteira que viva sozinha não tem o acesso à adopção de crianças vetada! E uma criança que está institucionalizada, tem a figura da mãe e do pai? E não será francamente preferível que uma criança cresça num ambiente familiar, ainda que pouco convencional, do que seja atirado para uma qualquer instituição, à guarda do Estado?? Parece-me que sim, nem que mais não fosse, é só estar atentos aos escândalos que se sucedem nessas instituições.  A mim parece-me aliás que quem manifesta o desejo de adoptar uma criança, tem uma profunda vontade conscientemente decidida; quem se dispõe a entrar num processo de adopção o faz com plena consciência e determinação e não como capricho! Pelo que a vontade de ser pai/mãe aqui parece-me ter peso determinante, porque só é bom pai/mãe quem de facto o quer ser muito!
A família tradicional deverá ser o ideal, vamos lá a ver, mas quantos casais heterossexuais não têm o superior interesse da criança como a última prioridade? E ser criado por duas mães ou dois pais, desde que haja de facto laços afectivos, não será o mesmo que ser criado por um pai viúvo e um irmão mais velho, ou uma avó e uma mãe, como tantas e tantas vezes já se viu, e o Estado não acorreu a retirar essas crianças da guarda de seus familiares?
 E desde que haja condições físicas e morais, e desde que haja de facto vontade, o superior interesse da criança não fica assegurado? Fica, pois.

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