sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Importa-se de repetir??

Ela: 'Deixa-te lá de blogs e folhetins, e escreve mas é um livro!'
Eu: 'Eu?!!??!'

E vindo de quem vem, tem um valor inestimável!

Salto no escuro!

Há um ano atrás, temia o que o novo trazia; hoje temo ainda mais o que o vem com este 2013!
Afinal o ano não foi tão mau, embora tenha perdido algo de muito precioso, tenha perdido amigos e tenha perdido colegas de trabalho; venci o desfio que me colocaram e tive ganhos e incrementos... 
Mas o que se adivinha para este ano que vai começar, não é animador! A crise assentou arraiais e tudo transformou, qual vendaval caprichoso, nada parece ter ficado no seu lugar, tudo ficou irreconhecível e uma nova ordem se procura imprimir ao nosso mundo. 
Não sabemos bem o que nos espera e a sensação que tenho é que parece que vamos todos dar um salto no escuro!
Mas acredito em melhores dias, acredito na força do ser humano, acredito na sensatez dos homens... acredito! Quando se bate no fundo, só há caminho para cima para percorrer.

Mudar de ano.

Outro ano termina, e outro começa e sem interrupções, sem lhe dar corda, ou mudar a pilha... continua a fluir, sem se dar conta que muda de numeração. As coisas têm mesmo a importância que nós lhe atribuímos! O relógio não pára, não liga a momentos determinantes, não faz vénia a eventos e efemérides, segue o seu curso, sem se compadecer nem vergar a nada. O ano muda e o relógio nem dá conta!!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Já não acredita que ele sabe tudo!!

'Mamã, tive tantos presentes, acho que o Pai Natal não me conhece lá muito bem!'

Estragamos os filhos, fazemo-los acreditar que se portam mal, que são mauzinhos, e até eles passam a acreditam nisso! Acabou por achar que o seu, tão querido, Pai Natal não o conhece bem, não sabe que ele se porta mal, porque lhe trouxe tantos presentes!
Meu querido filho, tu não te portas mal, tu és maravilhoso!

O que aprendemos com os filhos...

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Que vergonha!


Vendemos literalmente o país, e ao desbarato, e nem sabemos para onde vai o dinheiro resultante das empresas privatizadas que acabam invariavelmente em mãos estrangeiras, numa teimosia de liberalimo ferrenho e excessivo.
Vendemos o idioma aos brasileiros, as companhias aos chineses e a todas as nacionalidades, o património a quem der mais, ou nem por isso...

Já escrevi isto, acrescento agora: envergonho-me do que nos estão a fazer!!! 
Só alguém que não tem qualquer sentimento patriótico, ou orgulho na sua bandeira, ou consciência nacional, ou sei lá, pode desprezar assim um País! 


A ver se é desta que acabam com isto!

Os americanos são extraordinários em alguns aspectos, mas pré-históricos noutros tantos!
Calcula-se que nos EUA haja tantas armas de fogo, como habitantes, e quão tremendo isso parece aos nossos olhos, que na grande maioria nunca nenhum de nós viu uma arma na vida.
Já passaram por muito e já foram fustigados por muitos perigos e ameaças, é certo; mas acreditarão assim tão pouco nas instituições competentes para os protegerem, confiarão tão pouco nas autoridades designadas para os defender?!
São recorrentes os episódios dantescos e trágicos dos últimos dias, tão recorrentes que parece já terem passado a fronteira do 'normal' e 'consuetudinário', e lá vão eles correr comprar mais armas e possuir verdadeiros arsenais de guerra nas arrecadações para se protegerem destas ameaças inner circle. E o circulo viciosos parece engordar a cada dia, já todos terão medo do vizinho do lado!!!

Com o fenómeno de americanização do mundo ocidental, até tenho receio que desatemos a imitá-los também aqui!!

Quem sabe em Oslo não quiseram serenar ânimos?

Não deixa de ser curioso, que a Europa, palco de duas grandes guerras que a devastaram, a ela e ao mundo, se veja agora galardoada com o prémio Nobel da Paz!
Muitas vozes se levantaram em desacordo e outras tantas vexaram este prémio, mas o que é certo, é que a Paz na Europa não é, nem nunca foi, um dado adquirido e parece já todos terem esquecido as páginas negras e vergonhosas que a Europa escreveu na História.
O que subjaz à, agora designada, de União Europeia, é um compromisso de paz, democracia e desenvolvimento, compromissos que todos parecem agora desvalorizar, mercê da crise em que essa Europa mergulhou, mas a verdade é que o que ela alcançou foi extraordinário: nunca antes na Europa se respirou tamanha paz e comunhão, nunca antes na Europa se tinha experimentado tamanho bem-estar, apesar de seriamente ameaçado nos nossos dias!
O projecto de criação de uma Europa Unida e esbatida de barreiras é um dos maiores que os seres humanos pensaram e levaram a efeito, e pensar europeu, em vez de pensar no nosso quintal, com fronteiras físicas definidas e Estados soberanos egocêntricos, é um dos maiores desafios que os europeus e seus governantes enfrentam e enfrentarão no futuro, e eu acredito nos Estados Unidos da Europa, porque acredito na solidariedade, na cooperação, na comunhão de interesses dos estados membros, e no compromisso de Paz, que após a segunda guerra mundial nunca pareceu tão eminente como hoje, mas que acredito, estar erradicada do velho Continente.
Quem sabe lá em Oslo não pensaram exactamente nisso na hora de entregar este prémio à União Europeia, quem sabe não quiseram lembrar a todos os europeus um passado de guerras que ninguém quer voltar a ver, um passado que essa União Europeia se empenhou todos estes anos em não ver repetido?


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Vamos lá a ver...

A amizade não se exige, conquista-se.

Para a próxima, já não vou cá estar!


Não é um número qualquer, o 12 é um número com uma elevada carga histórica simbólica.

O belo do palavrão

Tenho de começar a divulgar um estudo realizado por gente que estuda comportamentos e as coisas mais inimagináveis das sociedades, para ver se surte algum efeito no linguajar de certos e determinados elementos.
E as conclusões, de tão prezado e pertinente, estudo rezam assim: um palavrão dito em circunstâncias de aflição, dor e desespero, três das piorzinhas situações que me lembro agora, alivia efectivamente o sentimento de angustia extrema. No entanto, e aqui reside o busílis da questão, se o palavrão for verbalizado sem qualquer razão, se se banalizar o seu uso e se se usar e abusar da sua utilização, ele perde o efeito de analgésico e tranquilizante, ponto.
Ora que bem que vinha a muita gente começar a poupar o palavrão, para se fazer valer dele quando ele é de facto útil!!! Assim como assim, poupavam também os nossos ouvidinhos!

Caridade

A sociedade civil sempre se organizou de modo a criar redes interpessoais de ajuda e solidariedade. A modernidade, ou lá o que foi, trouxe o desmembramento destes laços de entre-ajuda e generosidade.
O individualismo exacerbado que as sociedades modernas passaram a experimentar, mercê de um cem número de factores, atirou pessoas e famílias para a sua sorte, sós e desamparadas.
O Estado, que se queria social, deveria ser o garante último de que nada nunca faltasse a ninguém e providenciasse a ajuda e prestasse a assistência que todos, em especial, os mais desprotegidos, necessitassem. Confiámos todos em que o Estado cumprisse o seu papel de serviço público, de guardião e de fiel depositário de direitos e deveres e os cidadãos demitiram-se do seu papel de vizinho atento, de colega preocupado, de membro de comunidade empenhado... Mas para além da franca incompetência dos sucessivos Estados em prestar os serviços e garantir o bem-estar de todos, a verdade é que nem mesmo querendo, o Estado chegaria a todo o lado. Não se pode exigir que seja o Estado o alerta vigilante de idosos a viver sozinhos, esse era o papel que cabia a amigos, vizinhos e, sobretudo, familiares e que de repente delegaram num Estado com tentáculos inimagináveis!
Esse Estado que exige impostos elevados, que extorque os contribuintes, não tem recursos para assumir as funções de solidariedade social, para as quais devia estar mais habilitado, e como se não bastasse, ainda atira para a miséria uma grande parcela da população, exactamente pela sua acção directa. Ou seja, não só não ajuda quem precisa, como era de esperar, como ainda coloca mais uns quantos em situação de necessidade absoluta.
É a partir daqui, é a partir deste ponto que a solidariedade social, a entreajuda, os laços interpessoais e as redes de assistência voltam a ganhar alento e a ganhar preponderância e peso determinante nas sociedades, pois são cada vez mais os que dependem de instituições de caridade, organizações solidárias civis, igreja, auxílio particular de anónimos...
Ajudar quem precisa é altruísmo, é generosidade, é delicadeza, é amor.
Virar costas a quem passa mal, e quem passa mal é um número cada vez maior, é indiferença cruel, é egoísmo, é maldade, tanto mais, quando sabemos bem que o Estado não vai chegar com esquadrões de salvamento a derramar boa-vontade e recursos.
Não sei por isso porquê tanta discussão em torno da caridade, a caridadezinha que muitos tanto desprezam e ostracizam. O ideal seria haver uma entidade pública encarregue de chegar a quem precisa,  e nunca chegaria a todos, mas na falta dela, ainda bem que há gente de coração imenso e dedicação altruísta que se dedique a assistir e ajudar, a acudir e salvar.
Não é o que realmente importa aqui, que ninguém passe mal??

PS: Muitos consideram os que se preocupam em ajudar os outros, pessoas que procuram protagonismo, usam os desfavorecidos e pobres para a sua promoção social e visibilidade pública. Pode ser, pode haver gente que pense nisso na hora de dar a mão a alguém, afinal, há gente genuinamente boa e sã, e gente interesseira e calculista em todo o lado, mas a verdade é que enquanto vão e vêm, vaidosos ou não, alguém comeu, alguém vestiu umas roupas, alguém recebeu uma visita...

Pena não podermos passar o Natal onde sempre passámos!

Vou ter de passar este Natal noutro país que não o meu, noutra cidade que não a minha, e se antes era quase uma tragédia, agora encaro a experiência como um acumular de vivências, um enriquecimento cultural, um abre mente e espírito.
Melhor assim, mais fácil, tiramos o melhor partido das coisas e ficamos a ganhar.
Deve ser isto que é amadurecer.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Agradecimentos

Passou o meu aniversário, embora não goste muito de balanços, podem ser bem angustiantes, reconheço que tenho muito a agradecer, tenho sobretudo a agradecer ter vivido para ver o sorriso do meu filho.
O Sorriso Mais Bonito do Mundo!

sábado, 8 de dezembro de 2012

8 de Dezembro

Pronto, chegou o Dia!
Tenho mesmo que cumprir mais um ano de vida?
Tenho mesmo que mudar de idade??
Estava tão bem com esta...
Nem sei se chore, se desate já a abrir garrafas de Krug!!
Se chorar um pouco não envelheço um ano?
Envelheço?! Ah sim?!
Então vou ali abrir uma garrafa de champanhe: estão abertos os festejos!

Assim como assim, adooooro champanhe!

Ele há gente que me quer bem!

M: 'Dás a volta às coisas para as tornares boas e agradáveisTransformas tudo a teu bel-prazer, transformas a caca em oiro, só porque te dá mais jeito, só para seres mais feliz!!' 

Speechless!
Priceless!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Rir

Adoro rir, adoro mesmo.
Adoro quando descubro gente com quem rio, rimos, muito! Rimos por duas razões: por tudo e por nada! É uma empatia fabulosa que nasce e não é para todos...
Que desempoeiramento saudável, que frescura de espírito, que leveza de alma, que paz com o mundo, adoro.

Ao menos conversávamos...

Com tanto tempo que passo no carro em filas intermináveis de veículos que teimam em não andar para a frente, o melhor é arranjar qualquer coisinha para fazer e não desperdiçar horas e horas de vida, no habitáculo de um automóvel!! Mas o quê? Estou out of ideas, melhor desatar a flirtar com os outros automobilistas!!

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

I'm a dreamer.

Há vezes que me sinto um verdadeiro bicho-do-mato, há tanta gente intragável no mundo!!
Só não azedo de vez porque não deve ser da minha natureza, porque vejo tanta gente azeda, tanto azedume à minha volta, que não sei como não fico igual!!
Sempre fui uma sonhadora inveterada, e sempre imagino dias melhores e um mundo melhor, um mundo onde não há gente assim!

sábado, 1 de dezembro de 2012

Mas hipster é bem cool.

T: "Quando te conheci achei que eras uma 'hipster'. Mas na verdade acho que não há uma categoria para ti!"

Boa, detesto generalizações, rótulos, tribos e categorias... melhor não pertencer só a uma, é redutor, com tantas possibilidades que o mundo oferece, melhor caber em todas!
Ou serei eu uma vendida, ou tenho défice de identidade!

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Alguém nos acuda!

Passos Coelho aumenta a carga fiscal muito para além dos limites do razoável, do suportável; sobe impostos até restarem apenas migalhas ao cidadão; e como se não bastasse ainda acaba com o estado social!!
Vamos pagar para quê, se não é para termos um estado social? Vamos pagar impostos elevados e ainda temos que pagar o acesso à saúde, educação, transportes, justiça!! 
Será que o senhor não tem capacidade para perceber que com impostos elevadíssimos não sobrará nada à população para pagar por esses serviços?!? 
Maldito défice, maldito acordo de entendimento com a troika, maldito equilíbrio orçamental, maldito Passos Coelho. 
A única esperança que me resta é que a população não aceite mais este desaire!

Preocupações selectivas.


Não sou organizada, embora não consiga viver no meio da desordem e não seja propriamente desorganizada; não sou metódica, quase que tenho má tolerância a gente obsessivamente metódica, alguns acho que roçam já o patológico.
Cansam-me e desprezo um pouco as tarefas miudinhas do dia a dia, não me roubam mais que o tempo estritamente necessário, e tenho esta mania de as querer acabar depressa para me dedicar ao que realmente me interessa, me ocupa a mente e me estimula, ou para não fazer rigorosamente nada.
Sou pratica, pragmática e, na boca de muitos que me conhecem, descomplicadora, e desvalorizo as ralações do quotidiano, embora seja obviamente ciente das minhas responsabilidades.
Ora, isto têm de se arranjar manobras para não irmos definhando e para irmos mantendo a sanidade mental e emocional, e não são as compras do super-mercado, as cartas que chegam no correio, ou organização da roupa no armário por cores... que me darão o alento necessário.

E dizer que há gente assim..


O meu filho não anda numa escola onde há risadas, gritinhos e boa disposição de crianças, o meu filho anda numa escola onde os únicos gritos que se ouvem, são os da dona, histéricos e estridentes; o meu filho não anda numa escola, anda numa academia militar, onde o regime, a distância, o rigor e a frieza imperam, quando a dona anda por ali a deambular.
O meu filho anda numa escola onde as professoras e as auxiliares são amáveis, calorosas e dinâmicas, mas mudam completamente o registo para frias e secas, quando na presença da dona, tal é o constrangimento e o medo de serem humilhadas e vexadas em frente de toda a gente, como já tantas vezes assisti!
O meu filho anda numa escola, onde uma menina não quer comer bolo, mas come come só por medo e terror da senhora, para depois o vomitar, coisa que faz amiúde!!
O meu filho anda numa escola, onde todos os país de uma maneira geral, prestam vassalagem à dita senhora, dona do espaço, não sei se como seguro que garanta que lhes tratará bem os filhos, se porquê;  porque na realidade a senhora grita e humilha os meninos em público, até à frente dos próprios pais!!
A subserviência que as pessoas parecem ter perante outras arrogantes e sobranceiras, mal-educadas e sem consideração por ninguém, é coisa que está muito para além do meu entendimento, definitivamente.
Ainda só não tirei o meu filho dessa escola porque ele manifesta franco gosto por a frequentar e isso é o que realmente importa; porque as pessoas que lidam directamente com ele desde educadoras a auxiliares, são boas e conquistam o menino; porque adora os amigos e é querido na escola, mas não suporto gritos e autoritarismo desmesurado.
Menos mal que nunca ousou gritar-me ou ser mal-educada comigo, ou com o meu filho, como a vejo fazer com tantos pais e filhos e colaboradoras.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Há precisamente 5 anos...

Depois de 24 horas de contracções, entre as quais 8 passadas em trabalho de parto numa sala de uma maternidade, eis que conhece o seu filho, emoção maior não teve nunca!
Volvidos 5 anos, lembra-se de tudo, nos seus mais ínfimos detalhes, que espera nunca esquecer: que doce sabor recordá-los!
Acho que as outras pessoas esquecem essa parte, digo eu; eliminam a parte do parto da memória, ela gostou tanto, sentiu tudo tão arrebatador, tão incrivelmente forte, sentiu o nosso lado animal na sua total expressão, a natureza a seguir os seus desígnios, que não quer esquecer nunca.
Já nem se lembra da sua vida antes de ele estar nela, parece que sempre fez parte da sua existência. Parece que sempre o conheceu, parece que conhecemos os filhos mesmo antes de os termos!!

Parabéns filho!

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Lá está, está tudo bem!

Ortopedista: ' ... Ah é uma grande optimista, fantástico! Aos optimistas até as doenças lhe passam ao lado e se surgir alguma, curam-se.'

Ora fabuloso, se ele soubesse... já nem é optimismo, é mesmo ilusão!

Ortopedista: 'A nova geração de médicos é uma vergonha, nem para o paciente olham, marcam-lhes exames e mais exames e depois ditam uma sentença, nunca chegam a conhecer os pacientes e isso é fundamental! É uma escola nova. E o chá é uma coisa que se toma de pequenino... ou não!'

Pois, tá visto que o senhor tomou carradas de chá, a consulta foi mais uma interessante conversa do que um estudo de imagiologia. Interessante e bem humorada.
Tirou-me bem a pinta e não foi a olhar para os meus exames!

Palavras para quê...




... 42 pessoas na maioria crianças, ficaram sem vida, em 1938.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Está tão bem assim...

Serei só eu ou o passar do tempo assusta toda a gente? Passar conduz ao final e o final é o vazio, o nada... Como tudo tem um princípio, um meio e um fim... caminhamos sempre em direcção a esse fim, ao encontro desse nada; será que a partir de uma certa idade começamos a detestar que o tempo passe, e passe tão rápido, porque cada vez mais perto desse nada?!
Enfim, estarei a ficar paranóica e apenas e só porque o meu filho vai cumprir mais um ano de vida, o meu marido acabou de o fazer também e mais uns poucos de dias, será a minha vez de cumprir, passar mais um ano sobre o meu nascimento.
Nós a envelhecer, ele a ficar crescido, grande, adulto, independente... isto não podia ficar sempre assim como está?

Melhor continuar a procriar... sempre terei alguém mais para criar, cuidar, aconchegar, mimar, ensinar...
Estarei eu já com um ataque de síndrome de ninho vazio por antecipação? Nããã

Que orgulho nas mulheres!

Às vezes o meu género deixa-me mesmo orgulhosa!
Já é sobejamente conhecida a longevidade que os homens casados têm, comparada com a dos solteiros, que vivem menos anos. Coisa que me parece até bastante óbvia, pois com os mimos com que os tratamos, como é que não hão de viver mais anos, sure a vidinha santa que têm junto das mulheres, dá-lhes anos de vida, pois com certeza!
É também do conhecimento de todos que os casados vivem com mais saúde que os solteiros que apresentam quadros clínicos com muitas mais maleitas. O que, diga-se, também é normal e perfeitamente compreensível, pois que parece haver uma enfermeira em cada uma de nós!
O que eu acho extraordinário, é que nas mulheres acontece exactamente o mesmo, se viverem no seio de casamentos felizes!
Ora faz toda a diferença, porque nos homens o casamento tem esse efeito neles - de lhes tratar da saudinha e de viverem mais anos que os solteiros - quer vivam casamentos felizes, quer não; nas mulheres a saúde aumenta e a vida prolonga-se se os seus casamentos forem felizes.
Com certeza, nós não nos contentamos com pouco, nós não somos de aceitar a nossa infelicidade, nós queremos o mundo!! Eu que tenho pouco respeito por quem aceita a sua infelicidade, acho genial que as mulheres sejam exigentes e queiram ser felizes e ter vidas plenas!
E que seria dos homens sem nós, por favor!!!!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Artigo publicado no Jornal espanhol El Mundo.


Diez cosas que debes saber sobre Alemania:

1. Alemania habla alemán
En Alemania se habla alemán, parece obvio, pero a menudo se minusvalora la barrera lingüística. Aunque hayas estudiado alemán, incluso aunque incluyas en tu curriculum un certificado B1 o, mejor aún, B2, tú no hablas alemán. Y lo sabes. Eso te lo pondrá muy difícil a la hora de integrarte en una empresa, en constante competencia. Para hablar alemán es necesario un proceso que requiere, además del estudio, tiempo de práctica y convivencia con alemanes. A esto hay que añadir la dificultad extra que presentan los acentos y dialectos de los diferentes Länder. Practicar alemán con los alemanes, además, no es una consecuencia automática de la convivencia. Puedes pasar semanas sin intercambiar más que escuetos saludos con tus compañeros del trabajo y tus compañeros de piso, que con toda seguridad intentarán dirigirse a ti en inglés o en español. Trabar auténticas relaciones en Alemania lleva años y el proceso de integración lingüística también. Debes estar preparado para un aislamiento prolongado.

2. Alemania es muy grande
También parece obvio que Alemania es muy grande, pero a menudo no somos conscientes de la enorme diferencia que hay entre vivir en ciudades cosmopolitas como Berlín y Hamburgo o en otras más ricas e industriales como Munich, Stuttgart o Düsseldorf. Estas últimas son las que más empleo ofrecen, están repletas de oportunidades, pero a menudo parecen muertas a partir de las 18:00 horas y soportan un caro nivel de vida. Las primeras, más atractivas y vitales, son las más pobres de Alemania, arrastran bolsas de paro propias y están ya saturadas de aspirantes. En Berlín hay un paro del 11,8%, en Munich del 3,8%. Son mundos diferentes.

3. Alemania está llena de alemanes
Seguramente contabas que con ello, Alemania está llena de alemanes, pero no entenderás el alcance de las diferencias culturales hasta que no las sufras. Son honrados hasta la médula. Si te dejas abierto el coche en el centro de Berlín, y con abierto queremos decir abierto de par en par, los CDs seguirán en la guantera cuando vuelvas dos horas después. Pero si aparcas incorrectamente ese mismo coche frente a tu casa, será posiblemente uno de tus vecinos el que llame a la policía para denunciarte. Te convertirás en un proscrito si no reciclas correctamente la basura, incluido lavar los envases de yogurt antes de depositarlos en el contenedor para plásticos. Si tomas un café o cenas con alguien, pagaréis por separado. Se quitarán los zapatos cuando entren a tu casa y tú deberás hacer lo mismo en la suya. No soportarán que hables al volumen cotidiano en España, ni que cocines con ajo. El rescate a los bancos españoles nos ha convertido en un país europeo de segunda y percibirás que comienzan a tratarnos como a ciudadanos de segunda. Ya no les gusta alquilarnos casas y admiten con más dificultad a nuestros hijos en colegios privados. ¡Ah! Y no te perdonarán que no seas amable con perros y gatos, a los que no es extraño que demuestren más afecto que a las personas.

4. Alemania = burocracia
Nada más poner un pie en Alemania necesitas un Anmeldung, documento de registro que te pedirán para todo y que solicitarás en la oficina Meldestelle del Burgeramt, el ayuntamiento de tu distrito. También es necesario un Certificado de Libre Circulación (Freizügigkeitsbescheinigung), y para conseguir los documentos anteriormente citados necesitas tener una dirección y un contrato de alquiler. Para conseguir el contrato de alquiler necesitas la Chufa, una especie de certificado de tus deudas y solvencia, además de un certificado de ingresos (Einkommensbescheid). Para empezar a trabajar necesitas la Lohnsteuerkarte, registro en la Hacienda alemana, la Sozialversicherungsausweis y la Mitgliedsbescheiningung der Krankenkasse, que certifican que perteneces a una caja del Seguro Social y del Seguro Médico, y una Aufenthaltsbescheiningung gemäB 5 Freizügigkeitesgesetz, algo así como un certificado de residencia. Después de esto puedes ir a registrarte al Consulado. No sirve de mucho, pero ya puestos...

5. Alemania trabaja a la alemana
Alemania trabaja y España también, pero con culturas del trabajo completamente ajenas entre sí. Generalizando, los trabajadores alemanes no usan el teléfono de la empresa para llamadas personales, no utilizan el tiempo de oficina para pedir cita en el dentista o para charlar sobre el programa de televisión de la noche anterior. No hay pausa para comer de más de media hora. No se sale a fumar o a tomar café y muchas grandes empresas estipulan incluso en sus convenios la denominada Pinkelpause, o pausa para hacer pipí, que establece los minutos de duración y la frecuencia con que los empleados pueden ir al baño. Cumplen los horarios, lo que significa que salen de casa considerablemente antes si el pronóstico meteorológico es adverso, llegan sistemáticamente a menos cinco y se están poniendo el abrigo también a menos cinco, para salir por la puerta a la hora exacta, así haya que dejar en suspenso un proyecto de millones de euros. Las horas extra se pagan sin excepción. No hay prisas y no se espera hasta que se haya ido el jefe. Esto requiere una enorme planificación y anticipación. Tendrás que amoldarte.

6. Alemania, reserva natural de ingenieros e informáticos
En Alemania son especies protegidas: ingenieros e informáticos, en menor medida personal sanitario y estudiantes de formación profesional de ramas industriales. Si perteneces a uno de estos grupos serás bienvenido a este país y se te darán todo tipo de facilidades. Si además eres investigador en áreas avanzadas de energías renovables, reciclaje, química aplicada, nanotecnología o genética, te buscan como locos y seguramente varias empresas alemanas han contactado ya contigo tratando de seducirte. Pero si no formas parte de estos selectos sectores, estarás solo en la jungla del empleo alemán, donde no hay un salario mínimo legislado y donde personal altamente cualificado procedente de países como Polonia e India pone ya muy alto el listón dela formación y muy bajo el listón de los ingresos.

7. Alemania es bienestar
El sistema de bienestar social alemán sigue siendo un sueño en comparación con el resto del planeta, incluida España. Una vez entras en el sistema a través de un empleo estable, dispones de todo tipo de ayudas familiares, por ejemplo. Las madres dejan de trabajar 6 semanas antes de la fecha prevista del parto y las 8 siguientes al nacimiento con el 100% de su salario. A partir de ahí, la baja por maternidad dura un año y cobra el 67% del salario para padre o madre. Si la madre no ha trabajado antes, recibe 300 euros al mes. El Estado paga 184 euros por niño al mes, ingresados en cuenta corriente, y Merkel acaba de aprobar una subvención a familias que cuidan de los niños en lugar de llevarlos a la guardería, comparable a lo que le cuesta al mes al Estado una plaza de guardería pública. Si las cosas van mal, en un caso de paro prolongado, el Estado garantiza el derecho a vivienda, no de palabr, como en la Constitución Española, sino con subvenciones contantes y sonantes, además de derecho a calefacción e incluso tarjetas de ocio para menores de familias con bajos ingresos, que permiten a los niños pobres ir al cine, al teatro, a librerías...

8. En Alemania hay picaresca
En alemán no existe un término para traducir la picaresca y para referirse al género literario de El Lazarillo de Tormes hablan de Schelmroman, Novelas de pillos. Pero haberla, hayla. Ojo si llegas a trabajar al sector servicios, el más tocado. En Berlín ya hay casos de españoles que llegan buscándose la vida y pasan meses trabajando como camareros sin contrato y sin cobrar, desprotegidos por la ley. La forma de evitarlo es buscar empleo en Alemania a través de los Ayuntamientos o Comunidades Autónomas que han desarrollado programas para ello o a través de Eures. La Embajada española en Berlín dispone también de información fidedigna. Es mucho más arriesgado venir por libre.

9. Alemania está nublada
El frío de Alemania no supera al de Ávila, pero su déficit de luz sí. Durante los meses de invierno anochece a las 16:00 e incluso en verano el porcentaje de días plomizos, lluviosos o sencillamente grises es capaz de erosionar cualquier psicología. Los habitantes del Mediterráneo tienden a acusar especialmente ese déficit de luz. En Alemania, 10.021 personas se quitaron la vida en 2010. Otras tantas lo intentaron. Hay un suicidio cada 53 minutos y mueren más personas por voluntad propia que por accidentes de tráfico, homicidio, drogas o sida. Naturalmente, las causas no tienen que ver exclusivamente con el clima, sino también con la soledad, la presión social y la crisis. Debes hacer acopio de fortaleza.

10. Alemania engancha
Si después de haber superado todas estas dificultades logras trabajar en Alemania y establecerte en este país, descubrirás algo con lo que no contabas: quieres quedarte. A pesar de la morriña y de los planes para volver, Alemania engancha y un día, sin darte cuenta, te encontrarás con que suples felizmente la falta de luz partiendo el invierno con un viaje al Mediterráneo o al Caribe, según tus ingresos, que la relación con la familia a través de Skype te resulta razonablemente satisfactoria y que te sientes realizado por lo mucho que te aprecian en tu trabajo. Ya no estarás dispuesto a prescindir de la seguridad de tu empleo, de tu pensión de jubilación y de tus inversiones, te sentirás al abrigo de un Estado fuerte y sostenible y no querrás prescindir de las garantías sociales. No te gustaría ya la idea de volver a una oficina en la que se pierde el tiempo en reuniones inservibles o con comidas de dos horas de duración, despreciarás las actitudes clientelares o pelotas, jamás esperarías ya a que se vaya el jefe para irte a casa si ha terminado tu horario laboral... La lengua alemana habrá dejado de ser un problema y habrás hecho amigos alemanes, generalmente un tipo de amistad sin muchas alharacas, pero profunda y duradera, de los que no querrás separarte. Y si has tenido hijos, desearás para ellos que crezcan hablando alemán. Como religioso contribuyente, comenzarás incluso a criticar que el fisco alemán destine tus impuestos a rescatar gobiernos corruptos del sur de Europa. Y un día, te sorprenderás a ti mismo tarareando una canción de Grönemeyer mientras conduces, en una ciudad sin atascos. Ese día, estarás perdido.

In El Mundo.

Acho que não gosto da última parte, do final. Não é lá muito feliz!!

Uns podem dizer tudo, outros... nada!!!

Há verdades que custam a ouvir, magoam e indignam, ferem e chocam! Mas não é por provocarem a indignação geral, que elas deixam de ser verdades absolutas.
Toda a gente sabe que o país andou, anos largos, a fazer vida de rico; toda a gente sabe que vivia no limiar do que lhe era permitido; que o despesismo e consumismo desenfreado havia de nos sair caro um dia; que havíamos de pagar a factura de tanto crédito fácil e acessível... Toda a gente sabe que a sociedade andou com as prioridades mal definidas... Eu oiço isso todos os dias, em conversas de café, pelo que se é do conhecimento público, e se todos, de uma maneira geral, fazemos o mea culpa, da nossa quota parte, porque é que horrorizaram tanto as palavras de Isabel Jonet?!? A ponto de se lhe exigir agora a cabeça?!?
Ninguém me tira que quem ficou tão incrivelmente ofendido, foi exactamente quem sentiu que o recado lhe era dirigido, quem coube exactamente no perfil por ela descrito, óbvio!!
A senhora pode ter sido inflamada, pouco correcta politicamente, mas daí a exigirem a sua saída e, pior, pedirem para se boicotarem as acções de recolha de alimentos do Banco Alimentar, parece-me de um absurdo, esse sim, verdadeiramente chocante!!! Ainda vem o outro a chamar-nos piegas, outra vez...


E porque não pedir a cabeça de Fernando Ulrich? Há dias afirmou em público que o 'País aguenta mais austeridade! Não gostamos, mas aguenta!! (...) os gregos estão vivos, protestam com um bocadinho de mais veemência do que nós, partem umas montras, mas eles estão lá, estão vivos.'!!!

Não podíamos fazer uma petição para mandar o senhor para as urtigas?!??!
Senhor Ulrich, já a minha avó dizia que passar mal ou bem, tudo é de facto passar, mas e porque é que insistem em querer que os portugueses passem mal, mesmo mal, para equilibrar contas públicas, satisfazer a Sô Dona Merkel e os devaneios de Passos Coelho?!?!?

domingo, 11 de novembro de 2012

Importa-se de repetir?!

Polaco: 'Adoro Portugal, e gostava de lá viver; mas o que me chocava quando lá vivi, foi a maneira como tratavam as mulheres! A mulher, em Portugal, é muito mal tratada!!'
Eu: ' É diferente na Polónia??'
Polaco: 'Muito diferente, existe respeito pela mulher!'

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Surreal 2

Não custa entender como chegámos até aqui, não custa perceber como se chega a este abismo de miséria, a este precipício!! Qualquer pessoa com dois dedos de testa deslinda que a miséria de espírito é infinitamente mais dramática, perniciosa e corrosiva que a própria miséria material, e esse é o verdadeiro problema de uma sociedade.
Num país, num mundo, em que uma mãe afirma peremptoriamente que comeria Nestum vezes sem conta para poder comprar ténis de marca, telemóveis de última geração, e sei lá mais o quê aos filhos para estes se sentirem integrados junto do leque de amigos, seguros e confiantes e com um grau de auto-estima aceitável, está tudo, absolutamente tudo, dito e irremediavelmente perdido!!
Como pode uma mãe, do alto do seu papel de educadora de seus filhos, ter esta perspectiva sobre criar, educar, e formar homens para a vida??!! É caso para dizer: 'olhe, mude de amigos'... melhor, 'crianças, mudem de mãe'!!! Não sendo capaz de melhor, demita-se desse papel, demita-se a bem das sociedades e do mundo!
Será que não vamos aprender nada com o que estamos a passar?!?!?
Não, definitivamente.
Olhe minha senhora, tenha cuidado, as marcas high standing vão ficar-lhe imensamente grata; já os seus filhos vão ficar eternamente reféns de bens materiais e marquinhas para se sentir gente, e como não vão ter qualquer princípio na cabeça, vão estar dispostos a fazer literalmente de tudo para os conseguir. Dou-lhe este piqueno advice de borla, para não ter de se empanturrar mais de Nestum!

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

E por falar nisso...

E quem é que presta homenagem ao Google??
Eu!

Parece ser que o motor de busca google mudou o cérebro humano, consta que a mente humana aproveitou a boleia veloz do extraordinário google para ficar preguiçosa e não memorizar nada e desinteressar-se de decorar seja o que for, uma vez que bastam segundos para obter as mais diversas e dispares informações.
Ora pode ser, pode muito bem ser. Mas também nos deixou o universo acessível a um clic, o mundo inteiro disponível para o conhecimento... e deu-nos este brinde de assinalar datas e efemérides, de lembrar gente extraordinária, de não esquecermos feitos magníficos e determinantes.
Tirou-nos a memória e a capacidade em reter tudo na mente, e por isso nos vai lembrando da história, e da riqueza do universo!! E eu agradeço... tantas são as coisas que há para não esquecer...

Quando penso que já vi tudo...

... eis que alguém prende um cão a um veículo e o arrasta estrada fora!!
A perversidade dos homens consegue ser verdadeiramente chocante!
Seremos feitos de quê?

Onde nós chegámos!

Que difícil manter o equilíbrio e a sanidade mental; que difícil manter-nos centrados e não perder o Norte!
Como não entrar em verdadeiro colapso emocional, ou mental... ou cardíaco, mesmo. Tantas são as histórias assustadoras e medonhas de pessoas que conheceram o desespero, que experimentaram o absoluto desalento, a verdadeira miséria, que chegamos a perder o sono!
Não conheço histórias contadas na primeira pessoa de quem se vê a braços com a incomensurável desgraça, mas oiço muitas contadas na terceira, e, ou se combinou tudo para contar versões com finais parecidos, ou a quantidade de suicídios proliferou de forma medonha!
Que me contem que os suicídios estão a aumentar em número, eu posso acreditar, lamentar profundamente e quase, quase entender; mas que me digam que a comunicação social está proibida de os noticiar para não os fomentar, já me parece coisa do outro mundo, literalmente!! Proibida por quem?! Afinal o Salazar deixou cá tentáculos?! Coisa mais salazarenta, nunca vi!!! Chego a ter medo de que haja algo de verdade nisso, é mau de mais!

165 anos de Bram Stoker

Celebram-se hoje 165 anos do nascimento de Bram Stoker - abençoado Google! 

Que fascínio exerce em mim a perspectiva da imortalidade, do amor sem limites, de poderes ilimitados, de uma vida de luxúria, sombria, enigmática... francamente genial! De tanto o conhecer, de sempre o ter conhecido, parece quase incrível que um homem o tenha criado, pelo menos na versão moderna; que seja produto da imaginação prodigiosa de alguém, nascido há mais de 100 anos, inspirado em lendas e mitos da Europa Oriental.   
Era garota quando descobri a personagem icónica do Drácula, figura temida e tenebrosa, e me rendi, a sua genialidade, envolta em mistério e fantástico conquistou-me e tirou-me o fôlego muitas vezes, embora nutra certo desprezo pela moda em que agora se tornou, com obras modernas, autênticos blockbusters! Na verdade lembro-me de ver todos os filmes ainda em preto e branco e muito antigos do Drácula, pelo que nem foi a genialidade do cinema sobre vampiros que me seduziu, mas sim a história, o conceito da coisa... o obscurantismo, o dark side, o romantismo, o amor arrebatador...




A adaptação ao cinema de Drácula de Bram Stoker de Francis Ford Coppola é o filme dos filmes, mais outro da minha eleição.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O popularucho

'Estudo revela que os estudantes mais populares no ensino secundário chegam ao mercado de trabalho e ganham mais do que os que foram mais aplicados na escola.' 
Pois, o menino popularucho, espertunga, mas muito pouco trabalhador e aplicado na escola, sabe muito bem como se vender e promover, e, uma vez chegado ao mercado de trabalho, saberá também como se fazer valer dos mesmos mecanismos para granjear 'seguidores' e chegar mais longe que os verdadeiramente estudiosos, muitas vezes verdadeiros nerds, incapazes de realizar marketing social e seduzir quem tem o poder.
E eu que tenho dificuldade em perceber como o mais ruim, o mais fraco, o mais reles, até o mais mesquinho é sempre o mais apreciado pelo todo, já o escrevi aqui; que tenho uma profunda e assumida intolerância com rebanhos seguidores do miserável e fraquinho e desinteressante e patético e...*, lamento verdadeiramente que sejam os mais excêntricos, ousadas, e quantas vezes, mais patéticos a passar à frente dos competentes e inteligentes, apenas e só com menos social skills para se promoverem no mundo laboral.
Em todo o caso, quem sabe isso não explica muita coisa, quem sabe... porque não chegámos até a este ponto de desespero, por acaso... Na verdade estou absolutamente convencida de que é assim em tudo: o fraco é o mais apreciado!


* post publicado a 10 de Setembro

sábado, 20 de outubro de 2012

Quero a italiana, per favore... não, a francesa.

A educação dos filhos já era um tema delicado, agora virou quase coisa do outro mundo, como se se começasse agora a trilhar o seu caminho!
Os filhos não trazem manual de instruções, e ninguém vem com guia para ser boa mãe/pai, nem ninguém nos ensina ou prepara para essa tarefa, não fosse o imenso e genuíno desejo de o fazer bem, andávamos todos perdidos nesse papel. E provavelmente, andamos...
Bem sei que hoje os desafios que se colocam aos pais são extraordinariamente maiores e mais exigentes, e a procura de respostas é igualmente mais obsessiva, mas já parece doentio! As publicações sobre a matéria crescem como cogumelos, e todos parecem ser potenciais especialistas e investigadores do assunto, todos parecem ter A Formula, a bíblia da coisa.
A educação chinesa, a americana, o método italiano, o francês, as mães bolivianas, as crianças norueguesas, as mongóis ... todos reclamam o melhor, mais eficiente e infalível tratado para criar meninos na perfeição e gerar adultos de sucesso. Do método de educação implacável oriental; ao método relaxado e descontraído das mães francesas; passando pelo italiano método da mãe calorosa e boa cozinheira; e pelo método neurótico e obsessivo com a preparação para o sucesso das americanas... serve-se toda uma panóplia de sabedoria educacional para gáudio de todos os gostos. Assim levemos os doutos ensinamentos e partilha de experiências à regra e ao pé da letra e teremos filhos geniais e muito perto da perfeição!!
Não fossemos todas mães e pais razoáveis, sensatos, intuitivos, e mais uma vez, francamente empenhados na responsabilidade de educar os nossos filhos e andaríamos todos angustiados e perdidos em nacionalidades e poções mágicas respectivas, traçadas a régua e esquadro!
Sou uma avessa confessa das generalizações levadas a este extremo... e o método português, qual é? Tenho duas irmãs, da mesma nacionalidade que a minha, pois com certeza, cuja educação que ministraram às filhas não podia ser mais díspare, bem como o resultado que produziu nas mesmas, o que me leva a crer que em Portugal, mais uma vez estamos em défice nessa matéria... Bom, também é certo que não podemos estar muito orgulhosos das sucessivas gerações que temos vindo a criar, mas agora assim de repente, nem saberia que método importar para cá, qual nos seria mais favorável, neste momento... mas talvez o chinês, que isto não vai lá com fosquinhas!!

Novas realidades

O léxico das línguas tem de estar sempre a reinventar-se, a complexidade da realidade, exige-lhe novos conceitos para acompanhar a sua dinâmica.
O mais recente produto desse veloz devir das sociedades é o conceito de adultecentes.
Muito bem apanhado, diga-se... adultos que voltam a experimentar a fase da adolescência, quando apanhados pela crise que abala o mundo ocidental, voltam para casa dos pais; adultos que revisitam a adolescência de volta ao lar que os viu criar, junto com as suas dívidas e com tudo o que isso implica...
Sempre gosto de palavras novas... a ver se não conheço esta a não ser por fora!

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

António Manuel Pina


Já nada nos pertence, 
nem a nossa miséria. 
O que vos deixaremos 
a vós o roubaremos. 

Toda a vida estivemos 
sentados sobre a morte,
sobre a nossa própria morte! 
Agora como morreremos? 

Estes são tempos de 
que não ficará memória, 
alguma glória teríamos  
fôssemos ao menos infames. 

Comprámos e não pagámos, 
faltámos a encontros: 
nem sequer quando errámos 
fizemos grande coisa! 

Manuel António Pina, in "Um Sítio onde Pousar a Cabeça"


Já encontrou um sítio...

Nasceu na cidade onde eu nasci, licenciou-se na cidade onde me licenciei... pena o ter conhecido!


Choi + Shine Architects - Land of Giants







quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A Vida 2

Vive entre a verticalidade de carácter, um casamento de verdade, e a reputação de 'come tudo e não deixa nada'.
As mulheres olham-na de soslaio, desconfiança, receio, enquanto apertam os maridos contra si; os homens têm medo de se fazer acompanhar demais por ela, de serem demasiado vistos com ela, de exibirem muita intimidade ou proximidade... mas em privado são amáveis e amigos.
Habituou-se a ver os homens ter atitudes diferentes mediante as circunstâncias, e a audiência... mas todos só foram sempre até onde ela deixou, e ponto.
Perdeu amigos de sempre, quando estes encontraram a sua alma gémea, cuja amizade vetaram!
Tem consciência disso, e percebe-o bem, vive tranquila e em quietude.

Expectativas

Não sei o que é que as pessoas esperam umas das outras, não sei, for sure, que é que as pessoas esperam de mim!
Enigmática, reservada, fechada, discreta... são alguns dos adjectivos que oiço desde que me lembro que sou gente com direito a exercer o meu direito eleitoral, e que me colocam vezes sem conta!
Não sei o que dar mais aos outros, não sei que pretendem que lhes dê mais. Não devo ter muito mais para lhes oferecer e a sua exigência está muito além da minha capacidade de exposição. A menos que queiram todos ser meus amigos íntimos, que também pode ser, às vezes mais parece, aliás.
Encontro cada vez menos pessoas que falam a minha língua, é certo; e a minha confiança é dada à medida que se me oferece entregá-la sem reservas, o que também vai sendo cada vez mais raro; mas comunico, e muito, e gosto, e muito! Especula-se muito sobre o que é muito fechado e obscuro, mas se há coisa que nunca fui foi fechada e obscura!
E quantas não são as vezes que abrimos os cordões da bolsinha da nossa confiança, da entrega e da partilha, e as vemos todas traídas e bem abusadas. E os outros sempre querem muitas explicações, muitas justificações, querem sempre que nos desnudemos, e querem sobretudo opinar e ditar sentenças sobre a vida alheia, que não é por nada, abomino!
As pessoas pensam sempre que sabem tudo sobre nós, que nos conhecem, rotulam-nos e colocam-nos plaquinhas redutoras ao pescoço, de cujo registo é suposto não sairmos, não deixando lugar a que as surpreendamos... Quando não nos conseguem muito bem tirar a pinta e colocar uma qualquer etiqueta e tipificar-nos, ficam às aranhas, meios perdidos, e não podem ter ninguém que lhes escape ao controle! Organizamo-nos assim em sociedade para podermos interagir mais facilmente uns com os outros, ok, pode ser; mas não deixa de ser triste!
Não sei... a verdade é que avaliamos sempre os outros à nossa imagem e semelhança, e assim sendo, eu nunca espero que a minha vida privada, pessoal, intima, intransmissível suscite curiosidade e interesse  nos outros, porque, lá está, a mim, a dos outros, não suscita!! Para isso temos as nossas pessoas do chamado núcleo duro.
Ah e o que eu gosto de surpreender, a mim e aos outros, gosto pois, as surpresas dão alento à vida...
Bom e que seria da vida sem um certo mistério?! Ahahah carraiodecoisa!!!

O país pode fechar??

Bem tento arredar-me de cogitações profundas e pejorativas sobre o estado da nação e a nação que este estado quer, mas não é fácil acobardar-me a esta obscenidade!!
Desde logo, já ando a tentar deixar de comer para preparar o organismo para o ano que vem, não vou ter como o fazer para o ano, melhor fazer-me já à ideia! O pior são os meus 55 quilos, já com tantos e tantos anos, virem a sofrer uma baixa considerável... mas nem tudo é mau, por fim vou conseguir ter aquele ar androgeno e esquelético com que sonho. Assim como assim não dizem que, nas sociedades ocidentais, comemos mais 40% do que precisamos, que no meu caso são seguramente 60%, então?
Não vou comer como como; não vou comprar roupa e sapatos e carteiras e livros e revistas e imprensa; não vou viajar, nem sair, nem jantar fora, nem a espectáculos, nem a coisa nenhuma... vou fechar-me em casa e dedicar-me à vida contemplativa. E comigo vão fechar também supermercados, lojas, editoras, jornais, hotéis, restaurantes, teatros e sei lá mais o quê. Ainda fecha mas é o pais, e provavelmente, era o melhor... fechavam isto e íamos todos para o estrangeiro de fora, lá não é tão bom? mesmo com austeridade? perto da nossa... puf, perto da nossa são uns meninos!!