sábado, 30 de junho de 2012

Declaração de desamor

Há pessoas de quem não gosto, reservo-me esse direito, porque gosto muito da vida e de a viver com prazer e excelência. Não me parece aliás que haja mal em não gostar de toda a gente, parece-me inclusivamente atitude mais honesta e de maior hombridade, para connosco e para com os outros.
Há pessoas com quem não gosto de estar, pelo patética e ridícula, desinteressante e pretensiosa em que resulta a sua companhia, e porque não gosto de as vexar e humilhar tão gratuitamente, prefiro afastar-me delas. Não tenho porque fazer mais fretes e engolir mais sapos do que os estritamente inevitáveis da vida.
Como não tenho grande capacidade, para não dizer nenhuma, para a hipocrisia, nem para a falsa devoção, parece-me que acabo assim por respeitar muito mais a mim e aos outros.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Desconfianças

Há pessoas de quem desconfio!
Desconfio muito de quem passa a vida a dizer que é muuuuuito simples! Ainda para mais se o fazem como campanha com direito a bandeira e alarvidade.
Nã, se fossem tão simples não precisariam de estar sempre a fazê-lo notar; se fossem tão simples deixariam que transparecesse subtilmente, sem qualquer intenção de que transparecesse; se fossem tão simples nem reconheceriam que o eram; se fossem tão incrivelmente simples, nem  reconheciam o sofisticado e repescado e complexo e snob... viam tudo pelos seus olhos simples!

Sono italiana!

Fantástico, os alemães foram derrotados pelos italianos! Estávamos todos à espera deste momento: desde que derrotaram Portugal, e depois terem derrotado os gregos e... desde sempre, desde que esta maldita austeridade passou a ser ditame da Sô Dona Merkel!!
Agora resta aos portugueses que os italianos façam o seu melhor e derrotem os espanhóis, também. São eles agora os fiéis depositários do derradeiro sonho português neste campeonato! Façam o que gostaríamos de ter sido nós a fazer, per favore.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

I'm a freak!

A minha memória faz-me parecer kind of freak!
Quando os outros não se lembram, já esqueceram, não reconstituem mais os factos, eu lembro-me de tudo, nos seus ínfimos detalhes. E esse facto faz-me parecer anormal... de certeza. Quando já ninguém tem presente nenhum detalhe como eu, que o retenho naturalmente, sem qualquer esforço e inconscientemente, acaba por ser para os outros incompreensível e extraordinário. Dou comigo muitas vezes a falar de episódios idos, com a maior naturalidade, a pensar que todos me estão a acompanhar e ninguém se recorda de absolutamente nada! E quão frustrante isso pode resultar?
Mas o que realmente me deixa irritada é as pessoas deturparem e distorceram os factos passados a seu bel-prazer, ou conforme as suas conveniências, ou de acordo com as sua vivências e expectativas, ou sei lá porquê.
Ora isso consegue ser verdadeiramente agastante!!

Boa Selecção

Não sei o que custa mais: se perder e ser eliminados do Europeu 2012; se perder tão injustamente a penaltis! Devia ser proibido, jogar bem e perder assim!


segunda-feira, 25 de junho de 2012

Mentalidades

Quando a mentalidade não evolui, ainda se regride mais e mais, como uma espécie de ciclo vicioso, com um desastroso efeito de bola de neve.
Acho patéticos os argumentos de quem insiste que temos de trabalhar mais horas, entrar mais cedo, sair mais tarde... só denota atraso que já começa a parecer crónico!!
Nos países desenvolvidos - e que desde sempre perseguimos, como ideais - do norte da Europa os trabalhadores não trabalham tantas horas como nós em Portugal, não têm cargas horárias tão pesadas como a nossa, não saem mais tarde, coisa que aliás, na grande maioria das empresas, nem é permitido.
Em Portugal, ao invés, promove-se o passar horas e horas a fio dentro das organizações a produzir.
Primeiro, a produtividade é exactamente o rácio entre produzir o máximo no menor número de horas, pelo que a produtividade baixa quando o número de horas é elevado; segundo, parece-me que o que se deve promover é exactamente a produção máxima no número de horas pré-estabelecidas e não querer que a população activa deste país viva nas organizações e descurem vida pessoal e familiar, já de si tão descurada, dado o número de horas que passamos encerrados a trabalhar.
É sobejamente conhecida a postura do português que passa boa parte das horas na empresa, sem acrescentar nada à produção da mesma, e depois sai mais tarde, e se gaba alarvemente que trabalha imenso, que é extremamente dedicado, e que a organização lhe rouba tempo, vida de qualidade e atenção à família.
Bem podem começar a promover o empenho e aproveitamento absolutos dentro do horário laboral, para se gozar de mais tempo livre que se podia muito bem aproveitar para apostar em formação auto-didacta, ou não, informação e actualização para abrir horizontes, para ver se este país muda a mentalidade e a postura de uma vez por todas e saí deste marasmo!!

Cool cool beer

Estarei a ser tendenciosa, parcial e pouco justa, uma vez que a Super Bock é de facto a minha cerveja de eleição, mas a verdade é que me parece que a Super Bock faz muito por este país.  São tantas as vezes que dou com a Super Bock a patrocinar eventos e a promover actividades recreativas e culturais que me atrevo a achar que dá um enorme contributo para a nossa cultura e identidade. Está em todas, desde o arraial do bairro, ao concerto, ao festival de música de verão... mantém vivas muitas tradições nacionais, além de que sua associação à música me parece fabulosa e de louvar.
Bem sei que não se trata de mecenato inocente, bem sei que promove eventos para ir recolher os seus dividendos e aumentar as suas vendes de cerveja, mas não se trata de um organismo sem fins lucrativos, é uma empresa que tem de vender e gerar lucro, e ainda bem, porque tem que pagar salários e terá muitas famílias a depender das vendas que gerar.
Nós ajudamos a Super Bock e ela ajuda o país, quer em grandes eventos, quer em eventos locais. Boa Super Bock, continua.

terça-feira, 19 de junho de 2012

segunda-feira, 18 de junho de 2012

... e mais isto!

Há episódios na vida que se alguém nos conta, se não testemunhamos in loco, não acreditamos! A humanidade ainda tem a capacidade de me surpreender, impressionar mesmo! Mas a maldade, mesquinhez, egoísmo... que vemos muitas mais vezes do que gostaríamos por aí à solta, deve ser precisamente para não nos esquecermos do que é correcto e escorreito, justo e dignificante, deve ser para não esquecermos a honradez e a probidade, para não perdermos o Norte. Só pode... ainda teremos que lhes agradecer!!!

Posso sempre mudar

Toda a minha vida, desde que tenho memória, se têm cruzado comigo pessoas que parecem determinadas em fazer-me mal, em amargar-me a existência!! E eu sempre apostada em não deixar! Às vezes penso que até já deve ser isso que incomoda os outros... Já começo a pensar que o que me dizia aquele brasileiro (aqui), que a minha felicidade e boa disposição molestava demais, é verdade, mais que verdade, por muito que pareça inverosímil e patético, mas às vezes já nem sei que pensar! Provavelmente se fosse mal disposta, mal educada, licenciosa, maldosa, mesquinha... mal tudo, já me deixavam em paz!!
Posso sempre mudar, ou tentar, mas quê? para ficar como eles?!? Nããã...

domingo, 17 de junho de 2012

Dilemas

Ó marido, se o meu país se defrontar com o teu neste Campeonato Europeu, já nem sabes por qual torcer, não?? Diz a verdade. Já tens o meu no coração!
Boa, nós somos assim, conquistamos corações, conquistamos conquistamos, a conquista está-nos no sangue...

sexta-feira, 15 de junho de 2012

MGMT

O meu filho todos os dias me pede para ouvir estes dois temas dos MGMT.
Que bom gosto tem o piqueno!

 





As vezes que ele ouviu isto quando nasceu, será que lhe traz boas memórias?

A arte de envelhecer

Se saber envelhecer é uma arte, eu não tenho alma de artista, acho o envelhecimento uma maçada desagradável e desnecessária!!
Envelhecer com arte, ou saber envelhecer é uma arte??
Bom se envelhecer com arte, vou saber fazê-lo; se envelhecer sem arte, não vou ter arte nenhuma em saber envelhecer!! Lá está tudo dependerá de como envelhecer... Agora também é verdade que envelhecer não pode ter arte nenhuma, irra! Acho aliás que a arte deve estar nos antípodas do envelhecimento.
Se envelhecer bem, com tudo rijo e no sitio, sem rugas e com algum allure, se for uma senhora entradota cheia de charme e que aparenta sempre menos idade, vou envelhecer com arte, e assim vou saber envelhecer, sure!
Se envelhecer mal, com rugas a encarquilhar-me os traços, e a gravidade a atirar tudo para níveis inferiores, e a engrossar qual hipopótamo, vou envelhecer sem arte, logo não vou saber envelhecer, claro que não. Vou até ter uma depressão profunda... velha e com depressão, só me falta ficar pobre também! Ahaha

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Pergunta

Caramba sou só eu que acho de um pretensiosismo atroz achar que a vida pessoal, intima, familiar, doméstica e intransmissível tem interesse para mais alguém que não nós e os nossos!?!?
Que presunção, não?
O pior é que parece que tem mesmo!!

Conhecendo os outros, nos conhecemos a nós.

Nisto de andar, às vezes, muito às vezes, a espreitar em blogs aqui e ali, fico a perceber que sou uma crente na raça humana, sou uma believer, e nem sabia! Estou a anos luz de metade dos cépticos, desconfiados, e descrentes absolutos no resto dos mortais, que vou descobrindo por aí.
E pensava eu que era uma intransigente, intolerante impossível... nem ao poste!
Afinal não sou uma pessoa com mau feitio e bom carácter, sou uma pessoa com bom feitio e bom carácter, definitivamente. Apenas talvez muito exigente com os outros. Afinal, também sempre o foram comigo!
Ou será apenas e só porque normalmente quem tem gosto em alimentar uma página na web tem qualquer coisa de disfuncional ou inadaptado e guarda esse espaço para tecer considerações cáusticas e corrosivas sobre os outros, que se não tivesse blog guardaria para si?
Não sei mas sinto-me muito bem com (mais) esta descoberta...

domingo, 10 de junho de 2012

La portuguesa

Madre mía, como me quieren en España, una se siente halagada y querida!
Mejor que me cambie para España, que bien le vendría a mi ego.
El mimo que me dan me sienta fenomenal, como no?!
Desde la 'más guapa' a 'entrañable'... soy tratada como una reina, me llegan al corazón!

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Desarmar

Chefe: '"Música" não lhe falta a si, tem "música" para dar e vender!'
Eu: "Música", eu!?!? Não só não tenho "música" nenhuma, como não gosto rigorosamente nada de "músicos"'!!, e não.
Chefe: 'Mas isso é bom, ter "música" é bom!

Mas se ela soubesse o jogo de cintura e as manobras de diversão que são precisas para lidar com ela e manter tudo em níveis aceitáveis de respeito e consideração e para não deixar afundar a cordialidade e cortesia!!!
Chego a ficar orgulhosa em conseguir que o tiro lhe saia pela culatra, quando parece apostada em me amargurar a vida e ainda parodiar junto dela a situação.
Nada como mostrar-nos superiores e gozar subtilmente com aqueles que pretendem que os levemos a sério e que nos atinjam e inflijam angústia.
Nada mais inglório para esses que não nos deixemos hostilizar.
Nada como 'obrigá-los' a encarar o seu próprio ridículo, nada como 'obrigá-los' e rirem-se deles próprios, e o que é melhor, com humor, sem humilhação.

Confissão

Tenho um pouco de vergonha e pejo em escrever isto, mas desde sempre houve livros que me pareceram imensamente previsíveis! E logo eu que sou daquelas pessoas que acha os livros maravilhosos e que acha que escrever um livro é desígnio de poucos!

quarta-feira, 6 de junho de 2012

The Astroids Galaxy - The Golden Age


Trendsetter, me?!

Ó Morena és uma autêntica trendsetter, e só tu é que não sabes!'
Ora bolas!! Como?!?!
Tu queres ver, tu queres ver que estou a passar ao lado de uma carreira bloguista de sucesso?!?!?
Ai vou-me fotografar para o blog, ah pois!
'Ó C. já podias ter dito...'

terça-feira, 5 de junho de 2012

Axioma 2

Mas uma coisa sei que tenho boa: esquecer num instante as coisas más.
Até a cara de quem um dia foi mau, esqueço rapidamente. E se há coisa que tenho boa é a memória, mas tenho esta mania de teimar em fazer da vida um lugar bom!!

Provinciana que sou.

Sou da Província, e sou orgulhosa disso, obviamente. Como seria se fosse do Litoral, do Alentejo ou imigrante longe da terrinha. As nossas raízes geográficas representam a seiva que nos criou, que nos deu o vigor da vida, que nos orgulham e nos fazem sentir verdadeiramente pertencentes a algum local na imensidão do mundo.
Ser provinciana não é certamente excepção, orgulha-nos e enche-nos o coração, mas não raras vezes oiço os meus conterrâneos se referirem à sua qualidade de provincianos como se fosse um handicap, ou estigma, mas que mesmo assim os enche de um profundo orgulho, apesar de tudo!!! 'Sou provinciana com muito orgulho', claro! Mas não é um orgulho especial, é um orgulho de quem ama as origens.
Nunca vi nem senti, e muito Portugal já percorri, que a zona onde eu nasci merecesse mais misericórdia e precisasse que as suas gentes a enaltecessem em especial, para não ser vetada ao estigma e à discriminação geográfica.
É certo que as zonas do interior sempre foram as mais abandonadas pelos sucessivos governos centrais, mas isso nunca nos diminuiu, creio aliás que nos tornou mais resilientes, embora infelizmente nos obrigue a abandoná-las em direcção ao litoral.
Também sei que o dicionário atribuiu ao conceito de provinciano uma definição que nada abona em favor de quem nasce nessa parte do território nacional, mas eu que já conheço tanta gente e de tantas partes não só de Portugal, como do estrangeiro, posso afirmar com segurança que tomaram muitos gozar do nosso 'provincialismo'; mais, tomara o país todo ser tão provinciano como a província!!

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Subtilezas

Há coisa mais frustrante do que usar dessa magnífica arte da subtileza e ninguém nos entender!?
Se não fosse hilariante era trágico... como sempre.

Axiomático

Eu: O melhor que tenho é que me passa logo tudo a seguir e já esqueci e mandei para trás das costas, já 'perdoei' e já está tudo bem outra vez.
Ele: Pois mas depois voltam a fazer-tas!

Ora nunca nada tão bem dito, de facto.

Faz parte!??!?!?!

Está uma pessoa, que até é calma e não gosta mesmo nada de se chatear, a ter um ataque de cólera devido à incorrecção das atitude alheias, e alguém tem a feliz tirada: 'deixa lá, faz parte'  eheheheh é para subir paredes não é??!! É a vida, faz parte, é mesmo assim, há gente pior...  se é para me darem palavras de resignação dessas, calem-se lá. Não sou resignada, não me calo quando não concordo, se é a vidinha e é triste, temos que fazer dela vidona vidaça, e a desgraça alheia nunca me consolou absolutamente nada...
'Não pode ser tão radical' diziam-me hoje. Pois não, mas ainda posso menos aceitar, aquiescer, condescender, anuir com o que considero ultrajante e ofensivo, com o que é injusto, com a aceitação da infelicidade e de que nos amarguem a vida. A vida não tem porque ser vidinha, esta mania que temos de nos contentar com o mediano e até com o medíocre sempre foi coisa para me encolerizar!!
A vida não é fácil, bem sei, mas se deixamos que ainda a tornem mais amarga, depois vamos fazer o quê?? consolar-nos com os que ainda estão pior?? num misto de e comiseração e gáudio?? Nã...

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Patéticos

O tribunal de contas chegou a conclusões que ridicularizam ainda mais a nossa classe política e os nossos governantes! Afinal as novas portagens que passaram a ser cobradas nas auto-estradas, não resultam em francos ganhos para o estado e seus cofres!! Parece inclusivamente ser que resultaram em perdas, contabilizando o aumento da sinistralidade e dos gastos de manutenção das nacionais e da instalação próprios pórticos.
Inacreditável!! É frustrante, as nossas vidas e o nosso país ser gerido desta maneira e por incompetentes destes! E não se ralarem minimamente com a figura ridícula e patética que fazem sucessivamente, só mostra o pouco respeito que têm pelas pessoas, e por Portugal.