sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Filha, a imagem não é tudo!

Não estou preparada, não estou preparada para ter uma filha do século xxi, uma filha que varia entre a doll, a princesa, a top model... e todas elas a parecer acabadinha de sair do spa! Do Spa e duma qualquer store de gadgets última geração, coitada dela, a mãe não está nem preparada, nem p'raí virada! Não se pode frequentar um lugar que seja ao mesmo tempo do agrado de adolescentes e suas amigas, sentimo-nos imediatamente acabadinhas: os nossos cabelos não estão inacreditavelmente todos no lugar e a emanar um brilho ofuscante; a maquilhagem não está impecável e saídinha das mãos de um profissional de renome na praça; o outfit não está digno de figurar nos blogs fashionistas mais badalados... enfim, melhor evitar esses lugares. São fáceis de identificar, para além de terem um look de capa de revista, têm uns movimentos muito lentos, não sei se para não desarranjar aquilo tudo, que deve ter demorado a compor, se para quê.
Bem sabemos que a primeira impressão é a que fica - e nunca gostei nada disso! vai que uma pessoa tem um azar no primeiro encontro... - e que a imagem exterior é, nos dias de hoje, mais importante do que tudo o que possamos ter no interior, mas não é com certeza minha intenção educá-la assim. Já para nem falar desse mega fenómeno de andar tudo exactamente igual!!
Li algures que 25% das jovens americanas preferiam ganhar o Next Top Model do que um Nobel, Model a Nobel!, preferem ser lindas a inteligentes!! Mas e que tal esforçarem-se para ser as duas coisas? Não foi para isso, para deixarmos de ser meros bibelôs de adorno que gerações e gerações de mulheres lutaram e vociferaram?! Toda a gente quer ser bonita, ter boa figura e ainda bem, mas usar e estimular a inteligência e ter a cabeça a funcionar... bolas, fundamental, imperativo, vamos lá a ver!

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