quarta-feira, 26 de junho de 2013

Sei do que falo, tive uma avó perita nisso de rotular!!

Desde muito nova comecei a desconfiar que tudo isto é uma questão de sorte! Sorte, desde logo, no que ao berço em que se nasce, concerne, absolutamente. Mas muito mais para lá dessa inegável realidade, há uma outra sorte que está muito para lá do meu entendimento, ultrapassa-me... gente que desde tenra idade se começa a conotar com inteligente/burrinha, espevitada/mosca-morta, boazinha/malvada, especial/vulgar... e assim vai crescer, e o seu destino vai sendo assim desenhado. Todos começam a acreditar nesse rotulo, acredito que até os próprios, sem dúvida!
Sempre tive desprezo por isso e por essas etiquetas que insistiam em criar e colar nas pessoas que determinavam o que elas iam ser para o resto da vida, tanto que comecei a desenvolver uma franca aversão!! Muitas vezes vi desenvolver adjectivos que viraram cognomes, que sempre achava injustos ou injustificáveis, ou absurdos... e começava a achar que devia, com certeza, ser pouco discernimento meu! Qual quê, o tempo deu-me razão... os espevitados são como os outros e às vezes mais atrofiados, apenas e só tiveram sempre boa fama e todos sabemos o que ter boa fama ajuda e que é partir já com grande avanço; os burrinhos desenrascaram-se às vezes melhor que outros, apenas tiveram que lutar mais para ir contra a maré de má reputação...
Bolas, para tudo é preciso ter sorte, definitivamente, até para a fama que nos criam desde pequenas crias!!

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