quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Fio da navalha

Confesso que tenho receio de ventos fortes, vendavais, tornados e afins! Não sei se mercê do meu peso, acho sempre que um vento ciclónico me leva e eu desapareço, qual fenómeno das Bermudas, qual combustão espontânea; que me vai levar a casa e despojar-me de todos os meus haveres!
Mas depois adoro uma tempestade, adoro sentir a força da natureza, arrebatadora, impiedosa!!
Somos cheios de idiossincrasias, definitivamente.
Será que sentimos um certo chamamento do abismo, do perigo, do mórbido? Sentimos, sempre sentimos; e embora o nosso sentido de sobrevivência seja o mais apurado que temos, as sensações fortes, a eminencia do perigo, o risco, o medo, a adrenalina... o fio da navalha sempre nos atrai, e até corremos atrás dele e bem!
É a mesma lógica que subjaz à prática de desportos radicais, à busca incessante de exposição a perigos... uns correm atrás de conduzir a 260 kms/hora, eu ainda correrei atrás de tempestades medonhas!

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