segunda-feira, 28 de maio de 2012

Bobone, e manual de Generosidade?

A generosidade devia ser obrigatória, devia ensinar-se como se ensina a comer com talher, devia ser leccionada nas escolas, devia fazer parte dos conteúdos programáticos do ensino básico... já que por devoção a coisa não vai lá, teria de ser mesmo por obrigação. Tipo código da estrada: tolerância zero para os infractores.
E logo eu, que não acredito em obrigações, que acho que se somos obrigados o mérito não é nosso, mas de quem nos obriga, também já o escrivi aqui, mas não me parece que nisto de generosidade, como em tantas outras matérias do compartamento, vá lá de outra maneira!! Lamentavelmente.
Vejo tanta gente que dá sem nunca estar à espera de receber, mas vejo mais ainda, gente que só sabe receber, que nem o verbo dar deve saber conjugar... ou têm poderes obscuros sobre os seus semelhantes, ou só se fazem cercar na vida por gente generosa que dá sem pedir de volta.

6 comentários:

  1. Olá, boa-tarde.
    Pois olhe, já vê mais do que eu!
    Nunca vi, francamente; ou pelo menos não tenho conhecimento de alguém que alguma vez desse sem estar persuadido que de uma maneira ou de outra, vai ganhar muito mais.
    O que conheço do mundo, e já lá vão uns aninhos largos, mostrou-me que nunca ninguém dá nada sem que seja precedido por um interesse ou servindo um propósito, assim como também não tenho conhecimento de que alguém neste mundo, em qualquer cor ou crença, se faça de muito rogado quando se trata de receber.
    Filantropia? Conheço, sim! Conheço o significado por consultar o dicionário.
    Ou se calhar sou eu que passo por este mundo sem lhe admirar a esplendorosa beleza, fechado que estou no meu cinismo.
    eheh...
    cordiais saudações.

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  2. Olá, parece-me que há casos em que nem mesmo se lhes tivessem ensinado na escola! Que coincidência, ainda hoje comentava no trabalho como há colegas que estão sempre disponíveis para ajudar e outros que parece que só pensam neles e no seu umbigo.
    E sabe que mais, nunca tinha pensado nisso das obrigações, mas acho que está correctíssima. Confesso que nunca fui muito de blogs, mas afinal, sempre há alguns que nos fazem pensar, e isso hoje até que é raro.
    Muito obrigada.
    Mariana M

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  3. Caramba, isso é genial... fazer pensar, muuuuito obrigada!
    Acho que o meu blog é mais apreciado pelos que não são muito de blogs eheheh, eu própria não sou também, de facto...
    Volte sempre Mariana, prometo cogitações profundas!! Ahahahaha
    Bjs.

    Caro Pássaro, ainda não cheguei a tamanha desilusão e desencanto, quem sabe não é só uma questão de tempo, mas temo que o meu optimismo inveterado me vá ludibriando a vista e a crença... porque não sei viver de outra maneira! E não me referia a filantropia, referia-me a pequenos gestos do dia a dia, que nem pretendendo ser filantropos, fazem a diferença: a consideração, a atenção, a partilha, a delicadeza... eu acho que há por ai muita, ainda a reconheço quando a vejo, será porque ainda a vou vendo aqui e ali.
    Hoje menos, mas gosto sempre de o ler, já sabe...
    Boa noite

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  4. Boa tarde.
    Confesso que também não sou muito de blogs, mas encontrei este, logo quando começou, e venho cá regularmente. Isso deve ter muito mérito...
    E sim a generosidade só à força, nalguns casos, claro.
    Duarte

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  5. Olá Morena.
    Nunca fui nada de blogs também, sempre disse aliás que quem tem blog não tem vida sexual!... mas deixei-me render por este, pela autora maravilhosa que tem e isso transparecer para aqui, por ser um blog diferente de uma pessoa diferente. Ler-te dar-me-ia que pensar se não estivesse já habituado a ouvir-te falar...
    Beijos.
    Luis

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