sábado, 21 de janeiro de 2012

Inconsolável

Desde que descobri o Leonardo Da Vinci - novinha - que fiquei fascinada, rendida, impressionada. Lembro-me de pensar na altura como podia ter existido alguém assim tão completo! É quase comovente, acho que é o mais aproximado que há ao divino.
Está classificado como o maior artista do mundo - il più grande al mondo dell' artista - e eu estou absolutamente de acordo, passe a pretensão. E quanto a mim, simples admiradora deslumbrada, nunca mais ninguém lhe chegou aos calcanhares, embora o mundo seja prodigo em artistas brilhantes e incríveis!
Impressiona a sua arte, a sua ciência, os seus cálculos matemáticos, as suas invenções, os seus desenhos de anatomia; impressiona a sua curiosidade; a sua irreverência em não aceitar e desafiar limites; impressiona a sua motivação, a sua inteligência... a sua perfeição! E eu acho que ainda se torna mais mágico por ser tão longínquo, antigo, remoto... que o envolve em mistério e o torna ainda mais enigmático. Numa época em que o saber, o conhecimento eram tão escassos e tão embrionários... Foi ele que inspirou a expressão ser muito à frente, de certeza. 
Por isso me custa tanto não ir ver a exposição da National Gallery de Londres ' Leonardo Da Vinci, Pintor na Corte de Milão' que reúne todo o seu vasto, vastíssimo, espólio! Absolutamente imperdível, inclusivamente porque nunca mais ninguém se quer responsabilizar por juntar toda a sua obra, tão incrivelmente dispersa pelo mundo e tão fragilizada pelo tempo e pela sua própria natureza...
Já aqui há uns anos estiveram em Lisboa expostos os seus cadernos, e mais uma vez, falhei...
Escusado será dizer que, a própria exposição já mereceu o titulo da Exposição do Século XXI por todos, e do milénio por alguns!!!
E sim... devia ensinar-se nas escolas!

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